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A flacidez tissular é caracterizada como a diminuição das estruturas do sistema tegumentar fundamentais para a manutenção da hidratação e da tonicidade dos tecidos, responsável principalmente pela sustentação das partes moles do corpo, podendo ser uma flacidez de pele (tissular), ou a flacidez muscular. A flacidez ocorre quando as fibras de sustentação da pele, o colágeno e a elastina, são afetadas pela falta de nutrientes ou oxigenação, ocasionando uma atrofia do tecido (muscular ou cutâneo). É bastante comum que os dois tipos apareçam associados, dando um aspecto não tão bom às partes do corpo afetadas. Os músculos ficam flácidos principalmente pela falta de exercício físico. Se eles não são solicitados, as fibras musculares ficam atrofiadas, ocasionando a flacidez.
A flacidez está associada basicamente a perda progressiva de elementos importantes da constituição do tecido conjuntivo, como a elastina, colágeno e o fibroblastos, resultando assim na diminuição da firmeza entre as células, deixando a pele “frouxa” ou ainda tencionando as estruturas acima da sua capacidade.
A perda de água e de colágeno são duas das principais causas da perda de elasticidade da pele, e aumenta à medida que envelhecemos.
Sabemos que cada metabolismo age de uma forma, em geral, já a partir dos 30 anos de idade o nosso corpo começa a perder as fibras de colágeno e elastina que dão sustentabilidade a nossa pele. Sem estas fibras, a pele fica flácida e sem sustentação.
As principais causas da flacidez tissular são:
- Perda da massa muscular e aumento do depósito de gordura no local;
- Ação da gravidade;
- Envelhecimento fisiológico;
- Sedentarismo;
- Tabagismo;
- Exposição excessiva ao sol sem fator de proteção;
- Efeito sanfona (emagrecimento e ganho de peso em sequência);
- Gravidez;
- Alimentação inadequada;
- Predisposição genética.
As áreas do corpo mais afetadas são:
- Braço, pernas, glúteos, abdômen e face.
A genética é uma das causas da flacidez, porem possui duas principais variáveis que podem estar associadas ou separadas.
- Tração excessiva;
- Envelhecimento fisiológico.
O tegumento pode ser entendido como uma estrutura fisiológica viscoelástica, a qual apresenta pelo menos três respostas definidas quando submetidas a cargas de tração.
Fases que a flacidez pode se encontrar:
Fase elástica: a tensão é diretamente proporcional a capacidade do tecido em resistir à uma determinada carga. A sua deformação é reversível.
Fase plástica: A sua deformação é permanente.
Fase de ruptura: Ocorre a ruptura dos componentes estruturais. Essa fase representa a Lei de Hooke, na qual a tensão é diretamente proporcional a habilidade do tecido em resistir à carga. Nessa etapa se a carga for removida, o tecido tende a retornar imediatamente ao seu formato inicial. Se for ultrapassado esse limite elástico, não há garantia que as suas características originais do tecido retornem como eram. Desta maneira, tanto a sua dimensão quanto as suas características irão ser alteradas.
Para entender melhor essa fase, é interessante pensar na analogia da tração de um elástico. Quando se aplica uma força que está em conformidade com a capacidade de resistência, ela conseguirá retornar ao seu comprimento de repouso original logo após cessado o estímulo. Já se a carga aplicada ultrapassar o limite de força ou tempo, ocorrerá uma deformação caracterizada plástica, a qual poderá ocasionar o rompimento do material.
Tendo em vista que a pele possui um comportamento viscoelástico como sua característica física, pode-se concluir que quando o seu limite elástico é ultrapassado por algum motivo, por exemplo: uma pessoa que é magra e que se torna obesa em um período curto de tempo e depois emagrece novamente, ao parar esse estimulo, ela irá retornar ao seu tamanho original, dando origem ao excesso de pele, o qual é denominada flacidez tissular.
A cútis reticular é composta por uma rede de fibras de colágeno localizada na camada de gordura subcutânea, na qual essa rede possui importância vital na manutenção da estrutura fibrosa tridimensional dessa camada, uma vez que ela auxilia a neutralizar as forças gravitacionais e de tração as quais o tecido esta exposto. A partir dessa análise, verifica-se uma relação significativa entre a degeneração da cútis retinácula (menor densidade) com o aumento do grau de flacidez e a diminuição da elasticidade do tecido subcutâneo.
Já está comprovado que, principalmente a partir dos 30 anos de idade, a pele do ser humano tende a se tornar ressecada, delgada, enrugada e ocasionalmente escamosa em alguns lugares. As fibras de colágeno da derme se tornam mais espessas e as fibras elásticas perdem parte de sua capacidade retrátil e ocorre um decréscimo da gordura depositada no tecido subcutâneo. A soma dessas alterações pode resultar na flacidez tegumentar. De origem animal, a proteína está presente em tecidos conjuntivos, como cartilagens, ossos, tendões, dentes, veias, pele e também nos músculos e camada córnea dos olhos.
O colágeno representa entre 25 e 30% das proteínas presentes no corpo humano, sendo que cada tipo está em maior ou menor quantidade. Além de que cada tipo atua de maneira diferente. Vamos conhecer os tipos de colágeno, sua formação e como podem melhorar a saúde.
TIPO I
O mais abundante entre os tipos de colágeno, o tipo I é encontrado nos tendões, cartilagem fibrosa, tecido conjuntivo frouxo comum e no tecido conjuntivo denso. Este tipo de colágeno forma fibrilas longas espessas que organizadas dão grande resistência aos tendões. Dessa forma, proporciona suporte para a elasticidade da pele e melhora a saúde das articulações. Também é indicado para a saúde dos cabelos e das unhas.
TIPO II
O tipo II de colágeno é produzido pelos condrócitos e aparece na cartilagem hialina e na cartilagem elástica. Sua forma é semelhante ao tipo I, porém possui menor diâmetro. Está presente nos olhos, cartilagem e discos intervertebrais. O tipo II é ótimo para problemas nas cartilagens e articulações, ajudando assim na recomposição da cartilagem.
TIPO III
Também em formato fibrilar, é o segundo tipo mais abundante e é encontrado na pele, útero, vasos arteriais e intestinos. No entanto, esse tipo é o primeiro a diminuir sua produção natural no corpo. Sendo seus benefícios notados por meio da suplementação.
COLÁGENO HIDROLISADO
O colágeno hidrolisado pode ser encontrado em três aspectos: pó, cápsula ou em forma líquida.
Entre os tipos de colágeno, este, como já diz o nome, passa pelo processo de hidrólise, é quebrado em partículas bem pequenas, o que permite que seja absorvido mais rapidamente pelo corpo, uma vez que melhora muito a aparência e firmeza da pele. Além do efeito rejuvenescedor, deste tipo de colágeno também traz benefícios para as cartilagens e ossos.
Os marcadores clínicos do envelhecimento abrange as seguintes características:
- Aparecimento de rugas, irregularidades na cor da pele, manchas solar e flacidez de pele.
Esses efeitos na pele sofrem influencia de fatores intrínseco e extrínsecos, que por sua vez, apresentam variações de acordo com a origem étnica. Essas variações também estão relacionadas com características genéticas de fatores estruturais e funcionais da derme.
Os fatores extrínsecos também estão associados à flacidez tissular e estão diretamente relacionados aos hábitos de vida particulares de cada indivíduo, como:
- Exposição solar;
- Tabagismo;
- Uso de álcool;
- Alimentação desregulada;
- Não realização de atividade física.
Dentre esses fatores extrínsecos citados a exposição solar acumulada ao longo da vida é considerada o fator dominante no processo de envelhecimento de pele, uma vez que induz o surgimento de manchas escuras e a perda da elasticidade na pele.
Seguindo esse contexto, os indivíduos com a pele negra apresentam maior proteção aos danos induzidos pela radiação solar ultravioleta, devido à grande quantidade de melanina presente. Além disso, estudos mostram que a pele negra apresenta filtro natural de proteção solar na pele de 13.4, que é um dos fatores mais importantes para retardar o envelhecimento da pele.
As pessoas de pele escura também apresentam maior tendência a ter a pele mais firme, alem de menor incidência de rugas e maior proteção ao fotoenvelhecimento do que indivíduos com a pele clara com a mesma idade.
Não há como combater a flacidez por completo, porém, existem maneiras de evitá-la e também diminuir seus efeitos, como:
- Evitar o sol e excesso;
- Praticar atividade física;
- Ter uma alimentação balanceada com frutas, vegetais, proteínas e vitaminas;
- Evite o tabagismo;
- Evite a bebida alcoólica;
- Tome bastante água durante o dia;
- Fazer o uso de colágeno hidrolisado;
- Evite banhos muito quentes.
Essas são algumas maneiras de como você pode estar prevenindo e diminuindo a flacidez tissular e muscular.
Caso você tenha alguma dúvida entre em contato conosco que vamos adorar te ajudar.