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A rosácea tem por definição um distúrbio inflamatório, crônico e progressivo muito comum e frequentemente caracterizado por eritema facial central, transitório ou persistente, de vasos sanguíneos visíveis e muitas vezes por pápulas, pústulas, hipertrofia das glândulas sebáceas e fibrose.
Além disso, alterações fimatosas (nariz bulboso) também podem estar presentes, estimulando-se que em até três quartos dos pacientes haja um envolvimento dos olhos (rosácea ocular). Nesse caso os sintomas mais frequentes são ardor, comichão, vermelhidão, sensibilidade a luz, lacrimejamento e visão borrada.
Alguns fatores podem ser considerados gatilhos para o aparecimento da rosácea, tais como: radiação ultravioleta (UV), calor ou frio nocivo, alimentos picantes, álcool, estresse, exercícios, presença de bactérias na face ou no intestino e genética. Esses gatilhos ativam receptores que causam rubor repentino e sensibilidade cutânea.
Dentre os fatores internos conhecidos por promover ou agravar a rosácea, se inclui:
- Alguns fármacos;
- Infecções;
- Distúrbios imunológicos e endócrinos.
Na literatura, a maioria diz que a maior prevalência da rosácea ocorre em indivíduos de pele clara (tipo I ou II na classificação de Fitzpatrick) e nas faixas etárias entre 30 e 50 anos. Acredita-se em uma maior incidência em mulheres, porém estudos apontam que a predominância no sexo feminino parece não ter mais tanto impacto quanto se achava previamente.
Tipos de Rosácea
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Rosácea eritemato-telangiectásica
Nesse tipo, o sintoma mais evidente é o rubor facial. É muito importante diferenciar esse rubor de um eritema transitório.
O rubor que ocorre em uma pessoa com rosácea costuma ser mais persistente, geralmente tende a durar por mais de 10 min quando é estimulado por um “gatilho” e até se torna persistente.
A parte central da face é o local onde a cor fica mais acentuada, mas a vermelhidão pode se manifestar na porção periférica do rosto, como as orelhas, pescoço ou parte superior do tronco.
Os estímulos que, neste caso, provocam o rubor podem ser: bebidas quentes, emoção, alimentos picantes, álcool, exercícios, clima frio ou quente. Algumas vezes a sensação de queimação acompanha o rubor.
Pacientes que possuem esse tipo de rosácea tem um limiar mais baixo para irritação provocada por substancias aplicadas topicamente. Nessas pessoas essas substancias provocam ardência e queimação que podem ser bastante intensas.
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Rosácea pápulo-pustulosa
As pessoas com rosácea pápulo-pustulosa apresentam como característica principal o eritema no centro da face com inflamação persistente ou episódica, com a presença de pequenas pápulas e pústulas pontuais. Podem também apresentar edema associado, porém não é tão frequente.
Ocorre mais frequentemente em mulheres de meia idade, mas podem ocorrer episódios mais graves da patologia e aparecerem em homens também.
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Rosácea fimatosa
É caracterizada pelo espessamento da pele e pela superfície cutânea ser irregular, podendo apresentar algumas lesões nodulares.
O nariz pode apresentar rinofina (chamada de gnatofima, quando na região mentoniana, de mentofima, quando na região da testa, de otofima, quando ocorre em um ou em ambos os ouvidos, e de blefarofima quando nas pálpebras), em relação ao rinofima existem quatro variedades: GLANDULAR, FIBROSO, FIBROANGIOMATOSO E ACTÍNICO apresentando diferenças clínicas e histopatológicas.
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Rosácea oftálmica
É caracterizada por apresentar uma aparência de sangue no globo ocular, sensação de corpo estranho, prurido, secura, sensibilidade a luz, visão desfocada, conjuntivite e vermelhidão periocular. Estima-se que a incidência desse tipo de rosácea seja de 6 a 50% dos casos que ocorre manifestação cutânea. Desta forma é de extrema importância que a investigação seja minuciosa observando sinais clínicos oftalmológicos quando a patologia cutânea for descartada, e da mesma forma quando os sinais oftalmológicos forem descartados a patologia cutânea também seja investigada. Por mais que haja essa classificação de 4 tipos de rosácea, é comum encontrar pessoas que apresentam lesões características de mais de um tipo de rosácea, enquanto outros podem progredir de um tipo para outro.
Cuidados diários com a pele
- Protetor solar todos os dias, com fator de proteção no mínimo 30;
- Utilizar hidratantes frequentemente;
- Produtos de limpeza facial bem suaves;
- Evitar o que exacerbe a rosácea.
Como evitar que a doença se agrave?
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- Evitar comidas picantes;
- Evitar alimentos ou bebidas muito quentes;
- Evitar bebidas alcoólicas;
- Evitar ficar em locais de calor ou frio intenso.
A rosácea tem cura?
Até o presente momento não existe a cura para a rosácea, mas sim, existem tratamentos que se bem realizados amenizam e controlam os sintomas e aspecto da rosácea, garantindo que a doença não se agrave.
Qual o tratamento ideal para a rosácea?
O tratamento irá depender do tipo de rosácea que cada indivíduo apresenta.
Porém o objetivo do tratamento é o mesmo para ambos os tipos, que é diminuir a inflamação e a vermelhidão das áreas afetadas.
A pele do paciente com rosácea é extremamente sensível a produtos químicos e físicos como sabões, higienizadores alcoólicos, produtos adstringentes, abrasivos e peelings.
Por isso de prioridade a produtos suaves e bastante hidratantes. Os agentes antimicrobianos se apresentam efetivos no tratamento.
É muito importante enfatizar que o uso de filtros solares, diariamente, no rosto é fundamental para o controle da doença e manutenção dos resultados, pois a radiação ultravioleta é um fator desencadeante e agravante da rosácea.
Se você tiver alguma duvida deixe seu recado que retornaremos o mais breve possível.
Se você sofre com esses sintomas e busca tratamento para rosácea em Caxias do Sul, entre em contato conosco! Podemos ajudar!